“Eu pensava que era muito da imagem, mas agora percebi como a palavra está presente na minha vida. Em todos os grupos de objetos que peguei apareceu um livro, um texto, um pedaço de papel. É interessante quebrar conceitos que você forma sobre você mesmo. ”
“Esta foto anda na minha carteira há muitos anos. É uma foto da minha mãe, meu irmão e eu quando tinha uns 11 anos. Meus pais são separados, então acabo tendo muito mais contato com minha mãe que é minha referência, meu exemplo.”
“Aqui está meu pai, representado virtualmente. Ele mora lá no sertão do Ceará. Tenho pouco contato com ele. Reencontrei ele depois de 16 anos. As vezes a gente se fala um pouco no telefone. Acho que não tenho nenhuma foto impressa do meu pai, só essa no computador. Talvez isso tenha um motivo.”
“Sou filha de Iansã apará Oxum e estas guias representam um pouco da minha fé. Isso acaba sendo algo meio complicado aqui dentro de casa porque minha mãe é católica e fui criada dentro do catolicismo. Quando voltei a morar com minha mãe, ela começou a observar essas coisas, a vela, o colar, os turbantes e começou a implicar com isso, falando que era coisa de macumbeira, que não era coisa de Deus. E embora tenha explicado que tudo isso me fazia bem, que não tinha nada de mal, que só vibro coisas boas, isso ainda é uma coisa que incomoda bastante ela.”
“Papeis soltos é um mal que eu tenho, mas que me representa muito. Eles sempre eclodem de algum lugar, surgem, caem, se perdem e reaparecem. De tempos em tempos eu tenho que parar, organizar, passar algumas coisas para o computador e tentar me desfazer deles, mas sempre aparecem mais. Acabam sendo um reflexo das minhas ideias. ”
“O tarô é uma coisa que esta fazendo muito parte de quem eu sou agora. Acredito muito nesta sintonia que crio antes de jogar. A carta que sai sempre está relacionada ao que de fato preciso meditar sobre. Este é um tarô voltado para meditação. Está até meio destruido porque eu pego ele todos os dias. Ele entrou na minha vida por meio de uma pessoa muito especial. Uma senhora de 89 anos, alemã que viveu com o Osho em Puna. Hoje eu falo que ela é minha mestre. É um ser que levo para vida, a avó que não tive.”